O presidente das Termas de São Pedro do Sul disse hoje à agência Lusa que nos primeiros cinco meses de 2023 a estância registou um crescimento de 30% face a igual período do ano passado.
“Estamos a recuperar muito no termalismo terapêutico, que é o foco da nossa atividade, mas também no termalismo de bem-estar, onde temos grandes aumentos de frequentadores”, anunciou Victor Leal.
Um “crescimento de 30% nos primeiros cinco meses, face a igual período do ano passado”, que, no entender deste responsável, se deve a “um conjunto de fatores”, entre os quais o aumento do turismo no interior.
“Tem a ver com a descoberta do turismo no interior e o consecutivo aumento de turistas que o interior registou com a pandemia e no pós-pandemia, em que as pessoas querem procurar novas experiências”, justificou.
Mas também tem a ver com os tratamentos terapêuticos, “porque as pessoas estão a ter algum cuidado e a dar alguma ênfase ao seu bem-estar físico, à sua recuperação e a promover a sua saúde”.
As Termas de São Pedro do Sul, que têm “uma forte componente na saúde terapêutica, têm vindo a apostar no termalismo do bem-estar” e, no ano de 2022, “houve um aumento significativo” nesta nova vertente.
“Este ano, pelo menos nestes primeiro cinco meses, estão alinhados. O crescimento do termalismo terapêutico está alinhado com o termalismo do bem-estar, por incrível que pareça”, reconheceu Victor Leal.
Com o projeto que as Termas de São Pedro do Sul têm, que passa pela “requalificação quase total” do Balneário Rainha D. Amélia, num investimento de quatro milhões de euros, a expectativa é a de “ter ainda mais termalistas e diminuir a sazonalidade” termal.
“O termalismo terapêutico é muito sazonal, no verão, e o termalismo do bem-estar foi para combater a sazonalidade, para termos termalistas todo o ano e, neste sentido, a aposta está a resultar quer em termos de frequência quer em faturação”, admitiu.
Outro dos fatores de crescimento no termalismo terapêutico, adiantou, “também passa, sem dúvida alguma, pela reposição das comparticipações dos tratamentos por parte do Serviço Nacional de Saúde” (SNS), que “poderá vir a ser definitiva”.
“Nós sentimos que, cada vez mais, esta ligação ao SNS, aos médicos, à medicina de etimologia médica é um fator decisivo de crescimento desta área do termalismo terapêutico”, defendeu.
Victor Leal destacou ainda à agência Lusa que este crescimento nas termas, que emprega, atualmente, 155 pessoas e, no verão, “na época alta, deverá chegar aos 200” funcionários, é “extremamente importante” para a região.
“Toda esta atividade no interior, em áreas de baixa densidade, quer no termalismo como no turismo, tem repercussões muito positivas na região, quer no comércio local, na produção agrícola, hotelaria e serviços, como até fora do concelho”, apontou.
Ou seja, “tem um efeito multiplicador muito grande em toda a economia local e regional”, que não passa só pelo comércio e serviços, também tem repercussões no emprego.
“Procuramos cada vez mais mão-de-obra qualificada, tendo em conta a oferta diversificada das termas e a área de investigação, a procura por profissionais especializados é maior e mais qualificada”, rematou.