ICNF vai executar até ao verão 500 hectares da rede primária na região de Coimbra

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O Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) prevê executar até ao verão entre 500 e 600 hectares da faixa da rede primária de gestão de combustíveis na região de Coimbra, dos 2.100 hectares previstos até 2025.

O anúncio foi feito hoje em Cortecega, no concelho de Góis, onde decorreram as cerimónias do Dia da Proteção Civil da Região de Coimbra, pelo chefe do núcleo sub-regional da Área de Gestão de Fogos Rurais do ICNF.

Em declarações à agência Lusa, Luís Pita disse que 150 hectares já foram executados e 300 hectares estão adjudicados.

Os 2.100 hectares previstos executar até ao próximo ano vão ser feitos, principalmente, nos concelhos de Góis, Pampilhosa da Serra, Lousã, Penela e Miranda do Corvo, na zona mais interior do distrito de Coimbra.

O chefe do núcleo sub-regional da Área de Gestão de Fogos Rurais do ICNF adiantou ainda que já foram feitas ações de fogo controlado de 50 hectares em Góis e Lousã e que, se as condições climáticas o permitirem, ainda vão ser queimados outros tantos hectares, nos concelhos de Lousã, Penacova e Góis.

O mau tempo que se fez sentir esta manhã não permitiu a realização das atividades previstas para o ar livre, nomeadamente uma demonstração do Aldeia Segura e uma ação de fogo controlado.

Perante vários responsáveis da Proteção Civil regional, o presidente da Câmara de Góis, anfitrião da iniciativa, aproveitou a cerimónia para denunciar que o concelho não tem uma via estruturante de acesso em caso de necessidade de socorro.

“Esta é uma necessidade premente, urgente e muito reivindicada ao longo dos anos pelo concelho de Góis, que é dos poucos do país e da região Centro que não tem uma via estruturante de acesso”, disse Rui Sampaio, salientando que “isso faz toda a diferença”.

O autarca alertou também para a dificuldade das comunicações, considerando “inconcebível que, em pleno século XXI, ainda haja aldeias do território em que as pessoas se precisarem de pedir socorro têm dificuldade no acesso às comunicações”.

O presidente da autarquia de Góis adiantou ainda que o município implementou o programa Pessoas Seguras em 20 localidades de três freguesias, dispondo de 35 oficiais de segurança locais.

“Góis é um concelho com uma mancha florestal muito considerável e com várias aldeias no meio da sua paisagem, onde o interface urbano-florestal é uma realidade e os incêndios rurais são o principal risco”, salientou, por seu lado, o comandante da sub-região de Emergência e Proteção Civil de Coimbra, Carlos Luís Tavares.

No âmbito das comemorações do Dia da Proteção Civil da Sub-região de Coimbra, Góis vai ainda acolher uma sessão de trabalho para debater a problemática da vespa asiática, no dia 13, e um fórum de coordenadores municipais de Proteção da Região de Coimbra para “troca de experiências e boas práticas”, no dia 28.

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